O Ponto de Mutação
“Um diálogo entre três visões de mundo diferentes”
Trata-se de um Drama produzido em 1990, com duração de 112 minutos e Direção de Bernt Amadeus Capra.
O drama acontece num castelo medieval na França. Um diálogo entre três personagens bem diferentes mostra visões de mundo também divergentes.
Os atores são americanos de classes sociais diferentes. Um deles é um político, ex-candidato a presidência da republica. Encontra-se desencantado com a maneira como estão se encaminhando as negociações políticas, argumentado não ser permitido ter discurso próprio, tendo que expressão nos seus discursos coisas que as pessoas “querem ouvir”. O outro personagem é um poeta que também é professor de literatura. Sente-se na crise da meia idade e viajou para a França para fugir da competitividade das grandes cidades. A terceira personagem é uma cientista, mais especificamente uma Física, que não se sente bem com a intenção do uso militar, dado em sua pesquisa.
O político, que se encontra desencantado com a forma como se tem encaminhado as questões políticas dos EUA, liga para o amigo (poeta) que mora na França e este, lhes oferece uma estadia para que esqueça um pouco da sua rotina. Ao chegar à França os dois amigos vão visitar um castelo medieval. Lá eles encontram a cientista em uma sala, onde existe um imenso relógio antigo, que se torna o ponto inicial de toda discussão.
A cientista é convidada a entrar na conversa dos dois amigos sobre o relógio. A pesquisadora faz uma dura critica sobre a maneira cartesiana em que os políticos de modo geral vêem a natureza, afirmando que os políticos descrevem a natureza da mesma forma que Descartes. Como um relógio onde é possível reduzir-se a um monte de partes, de forma que, analisando-se cada parte é possível entender o todo. Ela crítica dizendo que essa idéia é antiga e ultrapassada e essa visão de mundo deve ser modificada. O mundo tem que ser visto como um todo através das relações existentes entre cada objeto que compõe a natureza e, que os seres humanos são parte dessas relações. A cientista afirma que se devem abrir os horizontes para modelos sistêmicos. Não se pode olhar de forma separada, os problemas globais, tentando entendê-los e resolve-los separadamente. Devem-se entender as suas inter-relações para poder ser capaz de resolver os problemas. Com isso se consegue pensar em um mundo com crescimento sustentável e, com melhores condições para todos. O político discute e até aceita algumas idéias da cientista, mas a grande questão que ele aponta é: como concretizar essas idéias na política, como fazer com que as pessoas consigam alcançar sua importância? A resposta da cientista é simples: - Mudando nossa maneira de ver o mundo.
A autora da sinopse sugere que se utilize atividades, tal como uma discussão sobre “a evolução tecnológica e a sutentabilidade”. No caso, a questão-problema colocada seria: É possível atender as necessidades da sociedade atual em termos de desenvolvimento econômico e tecnológico, sem comprometer o atendimento às necessidades das gerações futuras?
Por: Athena de Albuquerque Farias, acadêmica do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE.
E-mail: Athena.farias@gmail.com